Francisco Relógio – Pinturas e Desenhos Inconjuntos 1955-1997
24 outubro 2025 — 11 janeiro 2026
Curadoria: Nuno Faria
A exposição apresenta um olhar abrangente sobre a trajetória de Francisco Relógio, evidenciando a sua evolução estética e o seu impacto na arte portuguesa. Mais do que um tributo, Pinturas e Desenhos Inconjuntos pretende aproximar o público da vida e obra do artista, permitindo uma leitura aprofundada do seu legado artístico e cultural.
Esta exposição resulta de uma parceria entre os Municípios de Serpa, Almada e S. João da Madeira, refletindo um compromisso conjunto na valorização e divulgação da obra de Francisco Relógio (1926-1997), um dos mais notáveis artistas portugueses do século XX. Natural de Vila Verde de Ficalho, no concelho de Serpa, Relógio destacou-se pelo seu percurso singular no movimento Neo-Realista e pela sua produção artística multifacetada, que abarcou pintura, cenografia, desenho, cerâmica e azulejaria.
Francisco Relógio nasceu em 1926, em Vila Verde de Ficalho, baixo Alentejo. Colaborou em diversas exposições em Portugal e no estrangeiro. Participou nas exposições “Group Surrealist Exhibition (Ohio, E.U.A.) e “Surrealismo e Pintura Fantástica” organizada por Mário Cesariny. Em 1963 dedicou-se à pintura mural e ao estudo do azulejo, realizou painéis de azulejos para várias entidades em diferentes regiões do país e também executou cartões para tapeçarias. Esteve representado no “I Simpósio Internacional de Azulejaria” organizado por Santos Simões, na F.C.G. e na Exposição Internacional de Cerâmica no “Victoria and Albert Museum” em Londres. Dirigiu uma peça na Casa da Comédia, em Lisboa e colaborou em vários espetáculos de teatro no Porto, Cascais e Coimbra. Ilustrou textos de escritores e poetas portugueses. Está representado no Museu Nacional de Arte Contemporânea e em diversas coleções nacionais e estrangeiras. Faleceu em 1997.
Nuno Faria é curador independente e professor convidado na Escola Superior de Design das Caldas da Rainha e na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. Trabalhou no Instituto de Arte Contemporânea do Ministério da Cultura de Portugal (1997-2003) e na Fundação Calouste Gulbenkian (2003-2009). Viveu e trabalhou no Algarve entre 2007 e 2012, onde fundou (em Loulé, em 2009) o projecto Mobilehome – Escola de Arte Nómada, Experimental e Independente. Foi diretor artístico do Centro Internacional das Artes José de Guimarães, em Guimarães (2013-2019) e do Museu da Cidade do Porto (2019-2022).
Programa Complementar
30 de novembro | 11:00 | Visita orientada por Bruna Santos
11 de dezembro | 13:30 | Pausa dedicada a Francisco Relógio por Bruna Santos