Quem somos
Missão
O Centro de Arte Oliva é um local para o contacto, conhecimento e interpretação das artes visuais dos séculos XX e XXI. É a única instituição do país a trabalhar regularmente com arte contemporânea e arte bruta/outsider. No desenvolvimento da sua missão parte do entendimento que a arte é um campo complexo e desafiante, em permanente revisão e expansão e, como tal, a programação assenta sobre exposições e projetos que possam criar novas interpretações às histórias da arte em construção. Através da sua atividade estruturada nos projetos de exposição, programa educativo e iniciativas colaborativas, procura tornar vital, acessível e participada a relação de todos com as artes.
Apresentação
O Centro de Arte Oliva alberga desde a sua fundação duas coleções particulares em regime de depósito a longo prazo. A Coleção de Arte Moderna e Contemporânea Norlinda e José Lima que incorpora aproximadamente mil e duzentas obras de arte da autoria de duzentos e cinquenta artistas portugueses e cerca de outros tantos internacionais. [+ sobre a Coleção]. A Coleção de Arte Bruta/Outsider Treger/ Saint Silvestre que integra cerca de mil e quinhentas obras de cerca de trezentos e cinquenta autores de distintas nacionalidades europeias, africanas, americanas e asiáticas [+ sobre a Coleção]. Ambas são resultado de quarenta anos de colecionismo ininterrupto e, embora sejam bastante distintas na sua orientação, partilham uma relevância ímpar no panorama nacional. As duas coleções têm sido apresentadas num programa de exposições temporárias, o que faz com que o Centro de Arte Oliva seja o único centro artístico do país a trabalhar, de forma regular e contínua, a arte contemporânea e a arte bruta/outsider.
Para além das exposições realizadas a partir das coleções residentes, o Centro de Arte Oliva apresenta um programa de exposições temporárias que segue três linhas orientadoras: proporcionar a descoberta, o contacto e conhecimento com a obra de artistas de reconhecido valor artístico mas cuja obra é pouco conhecida ou de apresentação inédita em Portugal; dar particular atenção aos cruzamentos das artes visuais com outros domínios da criação (como o cinema, dança, design e arquitetura) e a projetos que apresentam novas narrativas, interpretações e contributos à história da arte. Desta forma privilegia, no seu programa de exposições, projetos que contribuam para ampliar a diversidade da programação das artes visuais no território nacional.
História
Edíficios Gerais, Cortesia Museu da Chapelaria, SJM
Fundição, Cortesia Museu da Chapelaria, SJM
O Centro de Arte Oliva foi criado pela Câmara Municipal de S. João da Madeira no âmbito de um plano alargado de reabilitação de parte dos edifícios da extinta metalúrgica e fábrica Oliva e da sua reconversão em projeto cultural. Inaugurou em 2013 com o nome de Núcleo de Arte da Oliva, designação mantida até 2018 e alterada em 2019 para Centro de Arte Oliva, coincidindo com a criação da sua nova identidade visual.
A Oliva teve origem em 1925 quando foi criada a empresa A. J. Oliveira, Filhos & Cª, Lda com o objetivo de produzir equipamentos para a indústria da chapelaria fortemente implantada em S. João da Madeira. No primeiro ano de atividade a produção foi diversificada para o fabrico de alfaias agrícolas e rapidamente alargada à produção de banheiras de ferro fundido e esmaltadas, potenciando a sua expansão industrial rara no panorama português. Foi já no decurso da década de 1940 que a empresa deu início ao que seriam as suas mais conhecidas produções, as máquinas de costura Oliva, inaugurando o fabrico de precisão em série em Portugal.
Em 1944 foram encomendados projetos de arquitetura ao atelier Portuense ARS Arquitetos para a construção de dois pavilhões com vista à instalação de unidades de linha de montagem, produção de máquinas de costura e uma fundição. A empresa passou a ser conhecida publicamente por Oliva e a sua imagem ainda hoje perdura graças à estratégia de publicidade que envolvia cartazes criados pelo designer modernista Alberto Cardoso, à participação em filmes portugueses e a campanhas de publicidade lançadas em todo o país e nas então colónias de Angola e Moçambique.
No decurso da década de 1950 a Oliva entrou no campo da fundição ferrosa pesada, o que deu origem à construção de novos edifícios da autoria do mesmo atelier de arquitetura do Porto ARS. O Centro de Arte Oliva está instalado no que foi uma das últimas fases de construção iniciada em 1960 e destinada a acolher armazéns da fundição e “edifícios geraes”, cujo projeto foi assinado pelo arquiteto Fernando Manuel Vieira de Campos e pelo engenheiro Manuel Eduardo Coimbra de Sousa. No seu maior expoente contou com cerca de três mil trabalhadores. Na década de 1970 foi vendida ao grupo norte americano ITT – International Telephone and Telegraph, entrando num longo processo de declínio a partir de 1980 que conduziu ao fecho total em 2010. A cidade adquiriu uma parte dos edifícios que submeteu a uma reabilitação inspirada no modelo de reconversão de instalações industriais desativadas em centros artísticos e culturais.
Equipa
Direção artística
Andreia Magalhães
Coleções e exposições
Maria Manuel Pinto (coord.)
Registo
Joana Valente
Serviço administrativo
Alzira Silva (coord.)
Receção
Alzira Silva
Sandra Santos
Assistente de sala
Isabel Ferreira
Mediação
Daniel Costa (coord.)
Ângelo Costa
Joana Ribeiro
Mariana Rocha
Miguel Almeida