Renato Ferrão: Für Fur Fur Fúria de Viver
26 janeiro — 7 abril 2024
Curadoria: Andreia Magalhães

Ao longo do seu percurso artístico Renato Ferrão tem vindo a trabalhar no campo alargado da escultura. Uma parte significativa das esculturas que realizou até 2010 integra objetos quotidianos suspensos por intermédio de elásticos e cabos extensores, explorando fenómenos de tensão que desafiam as leis da gravidade e reagem ao espaço de exposição. Nos últimos anos o seu trabalho tem-se alargado a fenómenos de reprodução e projeção da imagem, criados a partir dos projetores que constrói com lentes, sistemas mecânicos e eletrónicos. A exposição no Centro de Arte Oliva é a mais extensa que o artista realiza até à data, e proporcionará uma experiência abrangente do seu trabalho. Apresenta projetos relevantes do seu percurso, alguns reconstruídos e remontados para este espaço, e a conceção de novas obras, entre as quais a instalação narrativa Fúria de viver.

Mecenas da exposição: Fundação Ilídio Pinho

Renato Ferrão estudou escultura na FBAUP. Foi um dos artistas fundadores do Salão Olímpico juntamente com Carla Filipe, Eduardo Matos, Isabel Ribeiro e Rui Ribeiro. Expõe regularmente desde 1998, destacando-se os projetos de exposição realizados em espaços independentes como Sismógrafo (Porto) e institucionais, como Serralves, Museu da Eletricidade, Galeria Municipal do Porto, Culturgest e Anozero, Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra. Em 2011, recebeu o Prémio de Artes Plásticas União Latina e, em 2020, foi nomeado para o Prémio Amadeo Souza Cardoso. Está representado na coleção da Fundação de Serralves, da Câmara Municipal do Porto e coleção de Arte Contemporânea do Estado.

Andreia Magalhães tem desenvolvido a sua atividade profissional nas áreas da gestão de coleções, programação e produção de exposições. Em Portugal, trabalhou no Museu da Faculdade de Belas Artes, no Museu Nacional de Soares dos Reis e no Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Fora do país trabalhou no Instituto Holandês para Media Art /Montevideo, o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, os Museus de Arte Moderna de Nova Iorque e de São Francisco e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Desde 2017 é directora artística do Centro de Arte Oliva. É doutorada pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde é Professora Auxiliar Convidada.

A exposição enquadra-se numa linha de programação que tem vindo a ser desenvolvida no Centro de Arte Oliva de estimular o trabalho com artistas e instituições que exploram o diálogo entre disciplinas e esbatem as fronteiras entre filme, vídeo, performance e instalação.

PROGRAMA COMPLEMENTAR

11 de fevereiro | 15:00 | Visita comentada com Miguel Almeida

Visita à exposição © Ricardo Gama

Folha de sala



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