Cascas de Memória
4 — 6 outubro 2019

Residência Artística
CASCAS DE MEMÓRIA

Solveig Phyllis Rocher está a criar uma coleção de peças performativas e de dança sob o nome “Cascas de memória”, na qual se torna um arquivo e numa arquivista dançante. Originalmente ilustradora a sua prática estava centrada à volta da solidificação, em linhas desenhadas ou esculturas, daquilo que ela considerava coisas efémeras: ideias, memórias, eventos, etc. Tornando-se performer, confronta-se com a estranheza de criar algo que parece desaparecer assim que está feito.

A residência tem uma apresentação pública de duas peças – Nº 1 e 3 – que decorrem nos dias 4, 5 e 6 de outubro na galeria de exposições do Centro de Arte Oliva durante o período regular de abertura ao público.

Nos dias 4 e 5 é desenvolvida a peça Nº 3 , com a duração de 15 minutos, iniciada a cada hora certa: 11h00; 12h00; 13h00; 15h00; 16h00 e 17h00. No dia 6 de outubro, durante todo o dia, a peça Nº 1: “uma dança duracional que se repete e acumula constantamente. Nos seus 34 gestos, Solveig salva memórias dos seus avós mortos. Dança nos limites da sala como uma prensa de Guttenberg, um cd ou uma fotocopiadora: on and on, again and again, over and over, reproduzindo os gestos constantemente, enquanto as pessoas vêm e vão. A repetição dum gesto fá-lo persistir no tempo? Não é possível voltar ao que foi?”

Este projeto é produzido em colaboração com o Centro de Arte de S. João da Madeira.

Arthur de C. Wandeur

Projeto apresentação Centro de Arte Oliva

Solveig Phyllis Rocher é bailarina e artista performativa, interessada nas implicações de tornar-se uma arquivista dançante, em caçar movimentos em lugares estranhos e em trabalhar com corpos não humanos de uma maneira horizontal em vez de hierarquicamente. Solveig Phyllis Rocher tem apresentado o seu trabalho em diversos locais como o Teatro Rivoli, Bienal de Cerveira, FIMP (WIP) e no Espaço Mira | artes performativas.