Lusofolia. A Beleza Insensata
21 março — 19 maio 2019
Curadoria: António Saint Silvestre
Produção: Centro de Arte Oliva; Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva

A exposição Lusofolia. A Beleza Insensata, com curadoria de António Saint Silvestre, apresenta uma seleção de obras de artistas lusófonos pertencentes à Coleção Treger/Saint Silvestre no Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva.

António Saint Silvestre, no texto de apresentação da exposição, refere que o conceito de Arte Bruta, estabelecido em 1945 pelo artista francês Jean Dubuffet, evoluiu ou dispersou-se. O britânico Roger Cardinal batizou este movimento de outsider art, mas esta expressão do mundo anglo-saxónico engloba todos os movimentos de artes marginais ou espontâneas, como a Arte Popular, a Arte Naïve, a Arte Singular, a Nova Invenção, a Arte Espírita e, evidentemente, a Arte Bruta. Os colecionadores Richard Treger e António Saint Silvestre aceitam a ideia de Jean Dubuffet e, sobretudo, as do galerista e conferencista Christian Berst, que coloca num mesmo grupo a Arte Bruta e a Arte Espírita, e discordam da ideia de que os criadores de Arte Bruta sejam culturalmente “virgens”. Segundo os colecionadores, qualquer pessoa, por muito isolada que esteja, folheou uma revista, viu um anúncio, a capa de um livro e, obrigatoriamente, captou sinais do mundo que a rodeia. E para o demonstrar referem uma das descobertas de Jean Dubuffet: a “artista” suíça Aloïse Corbaz, professora na corte do Imperador Guilherme ll, uma das mais conhecidas artistas “Brutas”. Nas palavras do curador, a Arte Bruta é a última descoberta artística do século XXI, mas ainda não é popular em Portugal. Os criadores de Arte Bruta portugueses, à exceção de Jaime Fernandes, ainda vivem numa “terra incógnita” e, por esta razão, António Saint Silvestre decidiu nesta mostra reunir duas dezenas de artistas de arte bruta do mundo lusófono, pondo em paralelo Portugal, Brasil e Angola, pela primeira vez apresentados em coletivo.

Artistas:  Albino Braz, Ana Carrondo, Anónimo angolano, Artur Moreira, C.V.M. (Carlos Victor Martins), Daniel Gonçalves, Evaristo Rodrigues, Jaime Fernandes, Jesuys Crystiano, José Ribeiro, José Teófilo Resende, Manuel Bonifácio, Manuel Carrondo, Marilena Pelosi, Raimundo Camilo, Serafim Barbosa, Guilhermina Júlia e ZMB (Rui Lourenço).

António Saint Silvestre, pintor e escultor, participou na criação da galeria de arte com Richard Treger, no seu funcionamento e na constituição da Coleção Treger Saint Silvestre, em paralelo com a sua carreira de artista.

Vista de exposição ©Guibert Pierre, cortesia Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva

Catálogo da exposição

169 x 222 mm

Bilingue POR/ENG

Design: Francisca Rodrigues

Depósito legal: 453317/19

€ 15.00

Folha de sala



Download